Pequenos produtores de leite do agreste pernambucano estão se beneficiado de um programa do Sebraetec, que consiste em produzir animais de alto valor genético com a transferência de embriões. Isto leva inovação e tecnologia aos produtores, para melhorar a produtividade de suas propriedades rurais. Somente em 2020, 60 pecuaristas foram beneficiados com 254 vacas prenhas das raças Holandêsa, Gir, Girolanda, Jersey, Jersolanda, Guzerá e Guzolanda.

A iniciativa é realizada no âmbito do Programa Agronordeste - fruto de parceria do Sebrae com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) - que tem como missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e estimular o empreendedorismo.

De acordo com Jefferson Fernandes, analista do Sebrae, os animais do programa possuem capacidade de produzir três vezes mais leite do que aqueles que não passam pelo melhoramento genético. “Nós ficamos muito felizes quando vemos o nascimento desses animais nas pequenas propriedades...A produtividade aumenta consideravelmente, já que um animal melhorado geneticamente pode produzir até trinta litros de leite por dia, enquanto os outros produzem dez litros”, afirma ele.

Para o analista, a competitividade dos produtores também cresce e, quando eles veem os resultados, muitos se animam e querem montar um rebanho melhorado, para se posicionarem melhor no mercado. Isto “acaba fazendo diferença em todos os sentidos”.

Resultados animadores

Apesar do programa ter começado em março do ano passado, em meio à pandemia, Fernandes considera que os resultados são animadores. “Os bezerros estão nascendo e a expectativa é que daqui a um ano e meio eles já estejam dando leite. Os pecuaristas atendidos estão muito animados em fazer novas inseminações....Sabemos que o agronegócio é fundamental para o funcionamento de toda a economia do país”.

Rogério Almeida é um dos produtores beneficiados pelo programa. Morador da cidade de Capoeiras (PE), ele viu sua bezerra geneticamente modificada nascer neste mês. “Estou muito feliz, é muito interessante ver o que a tecnologia e a inovação podem fazer pelo agronegócio. Em 2021, já me programei para inseminar mais dois animais. Meu plano é poder montar um rebanho só com gados melhorados geneticamente”, diz.

O produtor conta que ficou sabendo do programa durante um encontro promovido pelo Agronordeste. “Sou muito grato por participar dessa iniciativa. Eu soube através de um dos consultores do Sebrae e agora recomendo para todos os meus conhecidos. inclusive já falei da minha experiência na associação de produtores de leite que participo. O pessoal está animado”, ressalta Almeida.

Fonte: Sebrae