Com menos comercialização, lácteos recuam em outubro no Paraná

Com menos comercialização, lácteos recuam em outubro no Paraná

29 de outubro, 2021

Puxado pela desvalorização dos produtos com mais peso no mix combinada à redução da comercialização, o mercado de lácteos do Paraná recuou na parcial de outubro – que leva em conta o período até o último 20. O cenário foi apresentado em reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), realizada nesta terça-feira (26), de forma remota. Com base nos dados de mercado, o colegiado aprovou o valor de referência projeto de R$ 1,8656 para o litro de leite padrão entregue em outubro a ser pago em novembro: queda de 2,66% ao projetado em setembro.

Responsável por quase a metade do mix de comercialização, os preços do muçarela caíram 4,43% de setembro para outubro. O UHT – que responde por 23% das vendas dos lácteos –, também sofreu desvalorização de 2,05%. Já o leite spot – que corresponde a 5,5% do mix – teve perdas mais significativas, com queda de 11,52%. “Tivemos recuo de preços de produtos importantes, com peso na formação de preço”, resumiu a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e uma das responsáveis pelo levantamento.

Essa dinâmica também se observou em outros derivados lácteos. Entre os queijos, houve quedas, mas de forma mais suave: de 0,36% no prato e de 0,58% no provolone. O preço médio da manteiga, por sua vez, recuou 3,32%. Já no caso do leite spot, a desvalorização foi acentuada, chegando a 11,52%. Outros produtos ficaram praticamente em estabilidade, como o leite pasteurizado, bebida láctea, doce de leite e iogurte.

O cenário, no entanto, também trouxe exceções. O principal exemplo é o leite em pó, que teve valorização de 6,53% – oscilação provocada pelo aumento das vendas da variedade integral. O creme de leite também veio em alta considerável, de 3,77%. Tanto no caso dos derivados cujos preços aumentaram, quanto dos produtos que tiveram em queda, há um ponto em comum: os preços continuam em patamares nominais elevados em relação a anos anteriores. O ponto de tensão do setor, no entanto, continua sendo os elevados custos de produção.

“Estamos em uma situação paradoxal. Os preços estão altos para o consumidor, mas baixos para o produtor, justamente por causa dos custos de produção”, observou o professor José Roberto Canziani, da UFPR.

Na avaliação do presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi – que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado –, a grande chave do setor para os próximos meses será a capacidade de reação da economia e do mercado consumidor. “Estamos no olho do furação, não só o leite, mas a economia brasileira e mundial. O consumidor está sentindo o peso da inflação, principalmente com combustíveis, energia elétrica e alimentação. O grande ‘chefão’ neste momento se chama mercado consumidor. Como produtores e indústria, nos cabe caminharmos juntos”, disse.

Fonte : Faep/Senar

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