Brasil pode liderar ranking mundial de produção de leite

Brasil pode liderar ranking mundial de produção de leite

13 de julho, 2022

Com um volume anual de 34 bilhões de litros, o Brasil é o terceiro maior produtor global de leite. A atividade está presente em 98% dos municípios brasileiros, com predominância de pequenas e médias propriedades, conforme dados do Ministério da Agricultura. De acordo com especialistas do setor, o país tem grande potencial de crescimento no mercado externo, podendo liderar o ranking mundial.

"O Brasil pode ser o maior produtor mundial. Basta vontade política dos governos", assegurou o presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, sem definir um prazo para que isso ocorra. "Essa é uma questão de política social, alimentar", acrescentou.

Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), reforçou que o país precisa ampliar suas exportações. "O Brasil é um grande consumidor de lácteos, temos também que ser grandes exportadores, mas precisamos ajustar muita coisa dentro da cadeia produtiva do leite", afirmou.

Os dois executivos participaram, ontem (12/07), da abertura do 1º Fórum Nacional do Leite, evento realizado pelo Sebrae em parceria com a Abraleite. Para Borges, um prazo de 10 anos pode ser "transformador" quando há ganhos de produtividade. "O pequeno produtor pode ser grande no sentido da excelência. Ele pode ter poucas vacas com produtividade grande. E isso faz diferença", disse.

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti, foi enfático em defender a preservação de florestas e maior uso de áreas degradadas para o país aumentar a produção agrícola. Com base em dados da Universidade Federal de Goiás (UFGO), disse que existem 90 milhões de hectares de áreas degradadas — mais do que os 72 milhões de hectares atualmente produtivos. "Não precisamos desmatar a Amazônia. A floresta em pé gera mais renda do que a floresta deitada", disse. Segundo ele, a tecnologia é a maior aliada do setor agrícola, porque, nos últimos 40 anos, sem os avanços tecnológicos, a cesta básica, hoje, seria 40% mais cara.

O Fórum também ocorre hoje e há uma feira aberta à visitação, com cerca de 26 expositores de queijos artesanais de vários estados brasileiros. Também participaram do evento o ministro da Agricultura, Marcos Montes; o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; e o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.

 

Fonte: Correio Braziliense

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