O soro de leite é um subproduto da fabricação de queijos. Na produção de 1 kg de queijo, tem-se uma "sobra" média de 8,5 a 9 litros de soro. Em um país como o Brasil, que tem grande parte do leite cru destinado para a produção de queijos (cerca de 40% do total), as oportunidades de aproveitamento para o soro são enormes, para diferentes nichos de mercado.

O soro contém aproximadamente 55% dos nutrientes do leite. Pelo seu grande valor nutricional, ele é considerado uma importante fonte de proteína tanto para o consumo humano – popularizado no uso do whey protein – como para o consumo animal, sendo utilizado na dieta de suínos e bezerros. Desta forma, com os brasileiros buscando cada vez mais hábitos saudáeis – com o consumo de suplementos proteicos, por exemplo – o mercado para o soro vem apresentando um movimento crescente.

Além do seu alto valor nutricional, as proteínas do soro também apresentam grande aplicação na indústria alimentícia, por possuir várias propriedades funcionais. O seu poder emulsificante, por exemplo, tem a capacidade de juntar e estabilizar duas substâncias que não se misturam. É possível ver suas aplicações em produtos como: ricota, biscoitos, sorvetes, chocolates, bebidas lácteas, os próprios suplementos esportivos ou nutricionais, entre outros. 

O mercado de soro vendo sendo impulsionado, também, pelo crescimento da produção de suínos, que utilizam o chamado “soro feed”. Em 2020, para se ter uma ideia, as exportações de carne suína pelo Brasil aumentaram 40,4% em relação a 2019.

Estima-se que a produção nacional de soro de leite alcance volume superior a 9 bilhões de litros anuais, utilizados nas diferentes aplicações mencionadas anteriormente. Com diversas opções de aproveitamento, o soro é uma oportunidade efetiva para agregar cada vez mais valor para a cadeia láctea. Principalmente em um país como o Brasil, com tantas indústrias produtoras de queijo, ainda há um enorme espaço a se explorar com este subproduto.

Então, entender o mercado de soro de leite representa um passo importante para acompanhar o desenvolvimento da cadeia láctea brasileira!

Fonte: Milk Point