Geraldo Borges:

Geraldo Borges: "A competitividade do setor leiteiro depende de menos impostos"

Para Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE), é necessário diminuir ou isentar tributos sobre equipamentos para que cadeia brasileira do leite seja mais competitiva. Em entrevista ao CB.Agro, na última sexta-feira (14/08), ele afirmou que acredita que o Ministro Paulo Guedes (Economia) está atento às preocupações do setor leiteiro.

Na última semana, Guedes participou - junto com a Ministra Tereza Cristina (Agricultura) - de uma live organizada pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). Na ocasião, o ministro ressaltou que a reforma tributária simplificará os pagamentos de impostos. De acordo com Borges, o fato de Guedes ter participado do evento é bastante positivo.

"Paulo Guedes realmente está entendendo. A participação dele demonstra interesse em nos ouvir. Nós esperamos que sejam implementadas ações, por exemplo, na importação de equipamentos de produção que não temos no país. Queremos que esses produtos sejam isentos ou tenham diminuição de tributos para tornar a cadeia mais competitiva. Às vezes, o produtor paga até 40% de imposto, fora a manutenção. Isso dificulta o investimento", desabafou.

Borges falou sobre a produção de leite no Brasil, destacando que o país é o terceiro maior produtor mundial do alimento. Mas, ele entende que é preciso ampliar o consumo de leite no território nacional, uma vez que - em comparação com outros países - ainda é baixo. "Nosso consumo per capita é em torno de 170 litros por pessoa ao ano, considerando todos os produtos lácteos. É abaixo de países europeus, que chegam a ter 300 a 360 litros por pessoa ao ano. Podemos expandir esse consumo nacional, mas isso depende de alguns fatores. Um deles é o econômico".

O presidente da ABRALEITE enalteceu o agronegócio brasileiro. "O setor agropecuário precisa ser elogiado, por trazer resultados maravilhosos para o país. É um setor que cresceu durante a pandemia. A maioria dos setores alimentícios teve ganhos nesse período. E o leite precisa entrar nessa agenda positiva".

Borges afirmou, ainda, que há esperança de que a economia nacional voltará a crescer em breve. "Isso ajuda a demanda, certamente. A demanda está sendo muito bem trabalhada e organizada para que o Brasil também seja um grande exportador. São ações para melhorar nossa competitividade. Para isso, precisamos diminuir os custos de produção, industrialização e transporte".

Por outro lado, ele comentou sobre as dificuldades do setor durante a pandemia. Um dos problemas principais, lembrou, foi o fato de que muitas pessoas fizeram estoques de alimentos, temendo desabastecimento. "Tivemos alguns problemas pontuais em bacias leiteiras de algumas regiões...a ABRALEITE - junto à outras instituições e o Ministério da Agricultura - trabalhou para sanar esses problemas em março e abril. Conseguimos equilibrar, inclusive com distribuição do leite entre indústrias de maneira segura. Hoje, estamos sem qualquer tipo de problema. Não houve desperdício nem desabastecimento".

Ao comentar sobre as amostras de frango supostamente contaminadas por covid-19 na China, ele afirmou que - no setor leiteiro - a segurança foi uma preocupação central. "Desde o início, nossas instituições orientaram os produtores e não tivemos problemas com contaminação nem nas propriedades, nem nas agroindústrias produtoras. Esse foi um cuidado que foi tomado logo de início".

 

Link da matéria do Correio Braziliense para assistir a entrevista completa: 

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2020/08/4868619-competitividade-do-setor-leiteiro-depende-de-menos-impostos--diz-presidente-da-ABRALEITE.html

 

Fonte: Correio Braziliense

 

 

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