Proteína em foco: Qual é o nível diário recomendado de ingestão e quais são algumas formas interessantes de consumo

Proteína em foco: Qual é o nível diário recomendado de ingestão e quais são algumas formas interessantes de consumo

Uma pesquisa recente conduzida pela empresa de laticínios Chobani revelou equívocos alimentares relacionados à ingestão de proteínas.

A marca de iogurte grego contratou a Edelman Data X Intelligence para entrevistar 1.000 adultos e 66 nutricionistas e dietistas registrados nos Estados Unidos, entre os dias 25 de outubro e 1º de novembro. O objetivo do estudo foi aprofundar a compreensão sobre as percepções e o conhecimento dos consumidores a respeito da ingestão de proteínas, seus hábitos de consumo e requisitos alimentares.

A pesquisa revelou que a grande maioria dos consumidores entrevistados (85%) expressou o desejo de aumentar a ingestão de proteínas no próximo ano, enquanto 24% afirmaram não consumir atualmente a quantidade suficiente desse macronutriente. Contudo, cerca de um quarto dos participantes (26%) admitiu não saber a quantidade ideal de proteína que deveria consumir e menos da metade (42%) relatou desconhecer a diferença entre proteínas completas e incompletas*, evidenciando lacunas significativas no conhecimento nutricional.

Por outro lado, quatro em cada cinco nutricionistas consideraram "importante" que os consumidores compreendam essa diferença. Esse dado sugere uma oportunidade valiosa para que as marcas de alimentos eduquem o público sobre a ingestão de proteínas e os diferentes tipos de fontes proteicas de maneira assertiva e esclarecedora.

Quanta proteína é necessária?

Aproximadamente 1 g por quilo de peso corporal, de acordo com 40% dos nutricionistas pesquisados ​​pela Chobani.

Essa avaliação não difere muito do nível de ingestão de proteína recomendado pela OMS (0,8 g por kg de peso corporal). Isso significa que alguém que pesa 60 kg deve consumir em torno 50 g de proteína por dia.

Iogurte para além do café da manhã

Outra oportunidade para as marcas de alimentos reside na ampliação do apelo do iogurte para além do consumo no café da manhã.

Segundo a pesquisa, apenas 1 em cada 8 consumidores americanos (13%) declarou consumir iogurte grego com o objetivo de aumentar a ingestão de proteínas ao longo do dia. Esse dado revela um potencial inexplorado para o produto, especialmente se for promovido como um lanche prático, rico em proteínas e de "rótulo limpo"; ou seja, elaborado com ingredientes simples, naturais e livres de aditivos artificiais, conservantes químicos ou componentes sintéticos.

Adicionalmente, a maioria dos nutricionistas entrevistados (60%) concordou que o iogurte é “uma excelente opção rica em proteínas para um lanche”.

Além do iogurte, o mercado e laticínios ricos em proteínas tem experimentado um crescimento na popularidade do queijo cottage nos Estados Unidos. Em 2023, os consumidores americanos registraram um consumo per capita de 2,1 libras (aproximadamente 1 kg) do produto, conforme dados do USDA, um nível que não era alcançado desde 2019.

Quatro considerações importantes

Posicionar laticínios ricos em proteínas – o iogurte, por exemplo – como uma opção prática, acessível e ideal para consumo em movimento apresenta uma estratégia promissora para o mercado, conforme indica a pesquisa de mercado realizada pela Chobani.

De acordo com os dados levantados, um quarto dos consumidores entrevistados relatou não dispor de tempo para preparar refeições ou lanches ricos em proteínas, sendo a conveniência a principal prioridade para 60% deles.

No entanto, todas essas estratégias podem falhar, se os produtores não acertarem no sabor de seus produtos. Para 87% dos entrevistados, o sabor é o atributo mais importante na escolha de alimentos, seguido pelo teor de proteína (74%) e pelo nível de açúcar (71%).

Outro fator decisivo é o custo. Mais da metade dos consumidores (51%) apontou o preço como a maior barreira para aumentar sua ingestão de proteínas.

O equilíbrio entre sabor, conteúdo proteico, conveniência e acessibilidade continuará sendo crucial para as marcas de laticínios. Além disso, a ampliação do conhecimento dos consumidores sobre o valor nutricional das proteínas pode impulsionar ainda mais o crescimento dessa tendência alimentar.

 

*Nota: As proteínas são classificadas como completas ou incompletas com base em sua composição de aminoácidos essenciais. As proteínas completas conntêm todos os nove aminoácidos essenciais que o corpo não consegue produzir sozinho. Já, nas incompletas, faltam um ou mais dos aminoácidos essenciais ou possuem um deles em quantidades insuficientes.

 

Fonte: Dairy Reporter

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